Angry Birds foi usado para espiar pessoas que o jogam?
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Artist: Averto |
Segundo a informação revelada pelo The Guardian e pelo New York Times, o
jogo Angry Birds foi uma das aplicações utilizadas pela Agência de
Segurança Nacional dos EUA (NSA) e a GCHQ para recolha de informações
sobre os utilizadores.
Tal como apontam ambas as fontes, idade,
género e localização terão sido os dados primordiais recolhidos pelas
duas agências através do popular jogo da Rovio e da aplicação Google
Maps.
A informação agora trazida a público pelo New York Times e pelo ProPublica, é proveniente de documentos confidenciais divulgados por Edward
Snowden, antigo espião da agência, que conta ainda, que este tipo de jogos
permite extrair e armazenar informações pessoais sobre o seu utilizador,
como idade, género e estado civil.
Esses dados podem ser extraídos através da criação de perfis criados
pelas agências de publicidade responsáveis pelos anúncios exibidos
durante o jogo, ou através de informações partilhadas para fora do jogo.
Subordinada ao nome ‘Squeaky Dolphin’, a tecnologia consegue ‘roubar’
dados pessoais através do Facebook, Twitter ou Skype.
Um porta-voz da GCHQ, a agência de espionagem britânica, não confirma
as acusações limitando-se a defender, em declarações ao The Mirror, que
“o trabalho desenvolvido pela agência está dentro da lei”.
Os
detalhes agora conhecidos apontam mesmo para o facto de o sistema
utilizado permitir a recolha de dados através de aplicações que sejam
descarregadas para smarthpones – chegando a ser possível ter acesso a
escolhas políticas ou orientação sexual dos utilizadores sob vigilância.
Esta não é a primeira vez que a NSA é acusada de usar jogos online
para espiar cidadãos. Recorde-se que, em dezembro, a agência foi
acusada, pelo The Guardian, de manter agentes infiltrados no ‘World of
Warcraft’. Na altura, a NSA afirmou que os jogos online podem ser utilizados
como uma janela para ataques digitais e escondem “pessoas
mal-intencionadas”.
O The Guardian revela que terão sido gastos cerca de mil milhões de
dólares (cerca de 731 milhão de euros) neste tipo de operação utilizada
nos dispositivos móveis.
O famoso título dos pássaros mais
furiosos dos videojogos junta-se assim ao MMO World of Warcraft e ao
serviço Xbox Live da Microsoft que, segundo relatórios idênticos, foram
também alvo de espionagem por parte das agências americana e britânica.
Fonte: sapo.pt, noticiasaominuto.com
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